A FAHOR promoveu na última quinta-feira, 23 de fevereiro, aula inaugural aberta a comunidade acadêmica com o presidente da John Deere Brasil Paulo Herrmann, que falou sobre o tema Tecnologia no Agronegócio, "O campo no Campus – o campo do futuro". O principal tema abordado foi agricultura e quais são as principais tendências tecnológicas do setor, além do papel do jovem busca por novas alternativas para esse mercado. O local foi o saguão do CT no Campus Arnoldo Schneider, Esquina Eldorado, em Horizontina.

O executivo também é vice-presidente de Marketing e Vendas para a América Latina, uma das regiões mais importantes para as estratégias globais da companhia. Paulo Herrmann é responsável por alinhar e desenvolver todos os negócios da empresa na região. Herrmann iniciou sua trajetória na John Deere em 1999 e, desde então, desempenhou diversas posições de liderança nas áreas de Marketing e Vendas no Brasil e na América do Sul. Desde 2009, trabalhava como diretor de Vendas para a América Latina, tendo contribuído significativamente para o crescimento da companhia na região.

Logo no início da apresentação, Paulo explicou um pouco da história da John Deere, que há quase 180 anos, criou uma solução inovadora a partir de uma demanda, sendo até considerada uma start up do século 19, quando o ferreiro John Deere, que a princípio não era ligado à agricultura, desenvolveu o arado que revolucionou a agricultura em 1834.

Hoje, a demanda é tecnológica e o desafio é usar a tecnologia a favor da produção mundial de alimentos para os nove bilhões de pessoas que habitarão o planeta terra em 2050. O agronegócio é o principal setor da economia no Brasil, que foi o único que cresceu em 2016 em meio a um cenário de recessão econômico. "Agricultura é fotossíntese. E fotossíntese é sol. E temos sol durante os doze meses do ano no Brasil", resumiu Paulo.

Para exemplificar, foi exibido um vídeo que trouxe uma reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, que mostra no dia a dia de uma família urbana, onde está o agronegócio. Os detalhes vão desde as verduras e frutas consumidas, o algodão da roupa, o extrato vegetal de um sabonete até o combustível etanol presente no tanque do carro. Paulo Herrmann também contou sobre a experiência na Campus Party.

A John Deere realizou um Hackathon, o primeiro com a temática agrícola feito no Brasil, que propôs o desenvolvimento de um aplicativo. Hackathon significa maratona de programação. O termo resulta de uma combinação das palavras inglesas "hack" (programar de forma excepcional) e "marathon" (maratona). O evento gerou grande interesse: mais de 450 campuseiros se inscreveram para esta maratona de programação, a fim de desenvolver soluções para o desafio proposto. Desses, 121 foram selecionados para, divididos em equipes, desenvolver uma solução em 48 horas.

Durante a cerimônia de encerramento, a companhia divulgou os vitoriosos que desenvolveram um software que utiliza os dados das máquinas com dados inseridos pelo agricultor, cruzando-os com informações climáticas e andamento do plantio, bem como a frota atual do usuário.

Após toda a coleta dos dados, o aplicativo irá acompanhar toda a operação de plantio, servindo de ajuda para o agricultor não ter perdas no começo, meio e fim do processo.

Recebidos pelo diretor de Assunto Corporativo da John Deere América Latina, Alfredo Miguel Neto, e o diretor do Centro Latino-Americano de Inovação Tecnológica (LATIC), Alex Foessel, os vencedores ganharam uma viagem com tudo pago para conhecer de perto a sede do Intelligent Solutions Group (ISG) da John Deere, em Urbandale, nos Estados Unidos.

"Nos conhecemos aqui na Campus e nos juntamos poucos antes de começar a competição. Foi tudo muito rápido e estávamos empolgados. Aceitar o desafio de pensar em tecnologias que vão contribuir alimentar o mundo foi sensacional", conta Renan Luz Barreto, de Belém do Pará (PA). O grupo ainda tinha um representante paulista (de Campinas), dois mineiros (de Belo Horizonte) e um paranaense (de Pitanga). As equipes JD Connect, Time Abdub, Parceria JD, (respectivamente o 2°, 3° e 4° colocados) vão conhecer o centro de tecnologia da empresa em Indaiatuba (SP).