O professor do curso de Ciências Econômicas e Gestão Financeira da FAHOR, Márcio Leandro Kalkmann, realizou um levantamento, com base no Censo Agropecuário – IBGE, sobre os estabelecimentos rurais de Horizontina. As adaptações realizadas pelo professor e pesquisador mostram alguns números e mudanças entre 2006 e 2017.

O número de estabelecimentos rurais em Horizontina teve uma diminuição de 28,34%.  Passando de 1265 em 2006, para 905 no ano de 2017. Esta queda, segundo Márcio, é notável não só em Horizontina, mas em toda a região, porém, em outros municípios este número é ainda maior. “Em Horizontina, esse indicador está abaixo dos demais municípios que pesquisei, isso significa que temos menos pessoas vindo do campo para a cidade, quando comparado com municípios vizinhos”, explica o docente.

Em relação ao gênero nas propriedades rurais, há uma variação positiva para o feminino e negativa para o masculino. Em 2017 havia 130 propriedades com presença do gênero feminino, 7,44% a mais do que em 2006, quando havia 121. Já para o gênero masculino, a diminuição foi de 32,26%, passando de 1144 em 2006 para 775 em 2017.

Quando se fala na faixa etária dos gestores das propriedades rurais, Márcio destaca que o futuro da agricultura em Horizontina depende do aumento de jovens com menos de 30 anos a frente dos estabelecimentos rurais, que hoje estão em apenas 17 estabelecimentos, ou seja, 1,91%. Já os produtores com idade entre 30 e 60 anos, gerenciam 486 propriedades, 54,73%. Agricultores com mais de 60 anos, atualmente administram 402 propriedades, 45,27%.

“Temos avanços importantes nos métodos de trabalho e tecnologia, mas precisamos atentar para os dados sociais de êxodo e envelhecimento demográfico rural em nossa região. De forma geral, quem se dedica às atividades rurais, só consegue fazendo com muita dedicação e comprometimento”, afirma Márcio.

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Foto: Patrícia Christmann