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Vinte e cinco de maio é o dia para lembrar e valorizar a Indústria, também conhecida como o setor secundário da economia, por transformar a produção primária, (extrativa, mineral e agropecuária), em produtos com valor agregado para o consumo. O Dia Nacional da Indústria é anualmente comemorado em homenagem ao patrono da indústria nacional, Roberto Simonsen, que faleceu nesta data, em 1948.

A força da indústria brasileira se detecta em números: vem dela 20,4% do PIB (tudo o que se produz no Brasil), enquanto a agropecuária é responsável por 6,8%, e o comércio e prestação de serviços completam os 72,8% restantes. 

Segundo dados apurados pelo Curso de Economia da FAHOR, em relação à indústria de transformação, o RS alcança o 4º melhor indicador de ganho de participação da última década, com destaque aos setores de máquinas e equipamentos, derivados do petróleo e biocombustíveis, celulose e papel e produtos de metal.

A região Noroeste é destaque no cenário industrial gaúcho, sendo que em Horizontina, sede da FAHOR, mais de 50% do PIB municipal é da indústria (53,64% em VAB – valor adicionado bruto). As cidades de Panambi e Santa Rosa também entram na lista de grande participação da indústria na economia, com 37,36% e 23,77% de VAB municipal. 

É importante destacar na região, a presença dos segmentos industriais moveleiro, fortalecido em parte pelas aquisições e reformas durante a pandemia e metalmecânico de máquinas e implementos agrícolas, impulsionado pelo bom desempenho do agronegócio em todo o Brasil. Ao mesmo tempo que a região se fortalece com estes segmentos pela agregação de valor, fica explícita a dependência da economia local, do desempenho destes ramos. 

Na vida de quem se envolve diretamente com a indústria, o impacto é ainda mais relevante, por ser o setor da economia que mais gera empregos, que mais agrega valor e que tem entregado mais benefícios diretos ao trabalhador. A atividade industrial competitiva tem cuidado cada vez melhor de sua força de trabalho, investindo forte em contratação de pessoal bem formado em nível técnico e superior, além de ser altamente atrativo oferecendo planos de saúde, formação continuada, segurança no trabalho, bem-estar, dentre outros.

Horizontina, por exemplo, possui 38,7% do capital humano empregado no setor industrial. Em Panambi é ainda maior o percentual, sendo 47,5%. Por remunerar o trabalho acima de outros setores, as indústrias geram uma renda per capita municipal maior. Horizontina, por exemplo, possui uma renda per capita de 3,7 salários mínimos por habitante, ou R$ 3.866,50/mês, sendo uma das melhores rendas per capitas do estado do RS, além de ter se destacado no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado.

Elaborado pelos professores: Marcelo Blume e Márcio Kalkmann.