As equipes do Baja Sinuelo e do Hidrobaja, da FAHOR, embarcaram na noite desta quinta-feira, para Gravataí, onde acontece a etapa Sul da competição Baja SAE Brasil, de 20 a 22 de novembro.

Os acadêmicos estão trabalhando no projeto e construção dos veículos desde março deste ano, realizando melhorias nos carros dos anos anteriores. No caso do Baja, as atividades iniciaram com a reestruturação da equipe e divisão de tarefas por áreas específicas. Foram feitas modificações no veículo, redimensionamento de subsistemas, elaboração da apresentação do projeto e encaminhamento de documentação necessária para a participação na competição. "Os principais desafios foram a alteração do subsistema de eletrônica, onde passamos de um sistema simples para um sistema com plataforma de prototipagem eletrônica e arduíno via wireless que permite acompanhar o desempenho do veículo em tempo real durante a competição por um notebook; estimular a motivação da equipe, finalizar o carro conforme as normas do projeto, conseguir patrocínio e resolver conflitos", explica o capitão da equipe, Renan Carlos Weber. Ainda, a equipe está utilizando a metodologia de gerenciamento de projetos PMBOK, realizou testes e ajustes no sistema de transmissão, redimensionamento do sistema de frenagem, aprimoramento na estética do veículo, além de várias pequenas modificações nos demais subsistemas. "O objetivo principal do projeto Baja é aplicar na prática os conhecimentos adquiridos na sala de aula, estimulando o trabalho em equipe, a busca de conhecimento constante, aprendendo a conduzir projetos e encarar desafios. Com isso, se ampliam as possibilidades para inserção no mercado de trabalho, principalmente no ramo automotivo, que adota esse critério como um grande diferencial nos processos seletivos", destaca Renan.

Já o Hidrobaja é um projeto que utiliza um sistema de transmissão novo e diferente das outras equipes, e segundo o capitão, Cristiano Luís Becker, este foi um dos maiores desafios, por necessitarem sair da zona de conforto de um conceito existente e buscar soluções para o desenvolvimento de um novo. "Mas não posso deixar de mencionar o aprendizado que toda a equipe teve ao dimensionar e ajustar o sistema de direção, que deve trabalhar junto com a suspensão". O aprendizado em um projeto como este, é algo extremamente diferenciado, pois podemos ampliar os conhecimentos adquiridos em sala de aula e por outro lado, levar o aprendizado do projeto para a sala de aula. Muitas vezes, acadêmicos do primeiro ou segundo ano/semestre tem receio quanto ao participar de algum projeto por estarem iniciando o curso de graduação, mas nós temos vários exemplos de colegas que melhoraram suas notas e seu conhecimento ao ingressarem no projeto", destaca Cristiano. Ele diz, também, que foi por meio do projeto do Hidrobaja que conseguiu melhorar sua forma de comunicação e relacionamentos, ao trabalhar em equipe. Ariel Dotto, integrante da equipe, explica que sua participação no projeto tem alavancado o processo de aprendizagem: "Projetos deste cunho são excelentes formas de desenvolver o acadêmico e prepará-lo para a vida de engenheiro, uma vez que, além da área técnica, é necessário desenvolver o trabalho em equipe. As últimas semanas foram bastante intensas na preparação do veículo, trocamos o lazer dos finais de semana e o descanso de muitas noites pelo trabalho no box da equipe. Porém, sem dúvidas, o conhecimento, a experiência e trabalho em equipe valem o esforço e serão guardados para a vida toda!"