A turma do 1º semestre de Engenharia Química e de Engenharia de Alimentos participou de uma aula inspiradora e esclarecedora na noite desta quinta-feira, 11 de maio. O objetivo dos professores Marcelo Passos e Darciane kerkoff foi aproximar profissionais e acadêmicos da Engenharia a fim de oportunizar a troca de experiências e motivar os futuros engenheiros em suas decisões.

A turma ouviu o relato de experiência profissional de Caroline Eickhoff, engenheira química formada pela UFSM, especialista em engenharia da Produção (PUC-PR) e com MBA em MBA em Gestão Empresarial pela FGV. Atualmente Caroline é engenheira de manufatura da John Deere de Horizontina, empresa em que atua.

Caroline falou aos estudantes sua trajetória acadêmica e suas experiências pessoais e profissionais, como a realização de seu sonho em morar fora do país, em duas oportunidades. Um intercâmbio na Nova Zelândia, que lhe preparou no idioma e na Índia, onde conheceu uma das culturas “mais diferentes da cultura ocidental”.

“Minha primeira experiência profissional foi numa pequena indústria de alimentos, onde a equipe era composta por cerca de 15 pessoas. Mas ali eu aprendi muito e foi onde eu tive uma visão global de como é uma indústria e todos seus setores, foi muito importante na carreira, esse conhecimento global”, destacou.

Depois de voltar ao Brasil, Caroline trabalhou por 5 anos em indústria de alimentos (Seara/Cargill) como analista e supervisora da qualidade e por 4 anos na área de pintura da John Deere como supervisora de produção, tendo experiências na área laboratorial e atualmente, engenheira de manufatura.

Mulher na Engenharia

Caroline também comentou sobre a participação feminina em áreas ainda dominadas pelo sexo masculino e apresenta a ideia atual desta mudança de paradigmas e estereótipos, mostrando que as oportunidades estão abertas às mulheres.

“Não senti preconceito. Tive experiências talvez em empresas que já estão mais abertas ao trabalho feminino e acredito estar vivendo nesse ambiente de mudanças, positivas, claro. Minha família sempre me apoiou, desde quando decidi estudar Engenharia Química e por onde passei, nunca enfrentei problemas nesse sentido”, comentou a engenheira.

Caroline também cita as melhorias das condições de trabalho, especialmente no conhecido chão de fábrica, no uso de tecnologia e em equipamentos de segurança, o que facilita o trabalho pelas mulheres. Além disso, o interesse das lideranças empresariais em ter maior público feminino nas empresas e, o fato de mulheres estarem qualificadas nessa área e interessadas em conquistar este espaço e as boas oportunidades.

Quer saber mais? O SIEF traz a reflexão sobre este tema com a presença de Ricardo Santos, gerente de manufatura de operações da John Deere Brasil – Horizontina, no dia 7 de junho.