O mês de Setembro traz consigo a campanha de Prevenção ao Suicídio para chamar a atenção sobre o número alarmante dessa realidade em todo o planeta. O Brasil é o oitavo colocado em números absolutos nas Américas e vai acompanhando a tendência mundial de aumento da taxa de suicídios. Não é tarefa simples definir o suicídio porque não se pode saber até que ponto o ato de tirar a própria vida foi intencional ou não. Assim sendo, não é apenas uma questão individual de natureza psicológica ou psiquiátrica, mas um problema de saúde pública de grande dimensão.

A maior causa dos suicídios são exatamente as doenças mentais, pois afetam diretamente o corpo físico. É comum que pessoas angustiadas, nervosas, ansiosas, raivosas, preocupadas e tristes tenham problemas em suas vidas psíquicas, tanto nas emoções como nas sensações corporais dessas emoções. Quem nunca escutou a frase "isso é tudo coisa da sua cabeça?" E isso é mesmo coisa vinda da cabeça. Todas as manifestações psíquicas, sejam emocionais, cognitivas ou atitudes e ações, são realizadas primeiramente na cabeça.

Atualmente, a doença mental que mais acomete as pessoas é a depressão. Desespero, desânimo e associação com dependência química também podem levar ao suicídio. A pessoa deprimida se sente incapaz de sentir ligação às outras pessoas, coisas e acontecimentos. Por isso, a importância de se orientar sobre a necessidade de ajuda médica.

Para combater os riscos eminentes e minimizar as estatísticas, o caminho é a informação. Esclarecer e informar sobre o assunto pode aliviar a angústia e a tensão que os pensamentos deprimentes trazem. O aumento da autoestima, o cultivo de relações sociais saudáveis, a busca por um contexto familiar harmônico e estável, as crenças religiosas ou espirituais são um conjunto de medidas que podem reduzir o número de casos.

Todos nós podemos colaborar no enfrentamento desse problema: acolhendo as pessoas que sofrem, estimulando a solidariedade e contribuindo para a integração social das mesmas.

Referência: STEFANO, Maria Cristina De. A mãe que não quis se calar. Revista Psique Ciência e Vida, Edição 129, p.72. (Adaptado)