Ano após ano as empresas vêm adotando e implementando as práticas de segurança do trabalho. Contudo, os índices de acidentes de trabalho ainda são muito elevados e precisam de uma melhora muito significativa. 

De acordo com dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, de 2012 a 2018, o Brasil registrou 16.455 mortes e 4.5 milhões acidentes. No mesmo período, gastos da Previdência com Benefícios Acidentários corresponderam a R$79 bilhões, e foram perdidos 351.7 milhões dias de trabalho com afastamentos previdenciários e acidentários (FUNDACENTRO, 2019). 

O Observatório também disponibiliza dados de cada município do país no Smart Lab, que pode ser acessado no endereço https://smartlabbr.org/. De acordo com o Guia, no município de Horizontina, por exemplo, no período de 2012 a 2018, as notificações de acidentes de trabalho apontaram em sua maioria, lesões como cortes, laceração, fraturas, contusões e escoriações. Também as notificações pontaram os agentes causadores, sendo agentes químicos como metais, as máquinas e equipamentos e o esforço físico do trabalhador. Homens entre 18 e 24 anos e na faixa dos 35 a 40 anos também completam o perfil da maioria das vítimas de acidentes de trabalho.

Em Santa Rosa, por sua vez, as lesões do tipo cortes, laceração e fraturas também são frequentes, destacando a lesão ocasionada por facas e ferramentas, em sua maioria em mãos e dedos. Vale salientar que entre os cargos que mais ocorrem acidentes estão soldadores, magarefe, montadores e alimentadores de linha de produção, todos eles relacionados à indústria. 

Para o engenheiro de Segurança do Trabalho, professor Vodice Feisther, esses números indicam que a Segurança e Saúde no Trabalho precisam ser tratadas como prioridade. “E essa responsabilidade parte tanto das empresas, como dos trabalhadores, visto que ambos acabam perdendo nessas situações. O empregador, após um acidente perde produtividade, paga tratamentos e indenizações e ainda vê sua equipe desmotivada e com medo  e o empregado, que tem sua saúde debilitada, perde qualidade de vida, enfrenta limitações e ainda pode perder a vida em decorrência de um acidente”, baliza o professor.

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Dessa forma, como evitar os acidentes de trabalho? É nesse cenário que entra o Engenheiro de Segurança do Trabalho, este profissional possui conhecimentos especializados sobre Gerenciamento de Riscos, que estão presentes no ambiente de trabalho e pode aplicar  esse conhecimento e atuar de forma preventiva.

“O Gerenciamento de Riscos tem o objetivo de controlar de forma a neutralizar ou diminuir os potenciais riscos presentes no ambiente de trabalho. Assim, o Engenheiro de Segurança do Trabalho deve focar na prevenção desses riscos, adotando medidas de cunho gerencial, através da elaboração de: Programas de Prevenção dos Riscos Ambientais; Programas diversos envolvendo diferentes tipos de máquinas e equipamentos; Laudo de Insalubridade e Periculosidade; Alteração de processos, práticas e comportamentos visando diminuir a possível exposição dos trabalhadores aos  riscos existentes; e por fim,  monitorar as ações, para verificar a sua real efetividade”, explica Vódice. 

Essas ações variam de empresa para empresa e precisam ser orientadas por um profissional qualificado, que tenha conhecimento de Gestão de Riscos, sendo o Engenheiro de Segurança do Trabalho o profissional mais preparado para tomar ações nesse sentido. 

 

Fonte: FUNDACENTRO - Fundação Jorge Duprat e Figueiredo. Brasil registra 17 mil mortes e 4 milhões de acidentes de trabalho, 2019. Disponível em: <http://www.fundacentro.gov.br/noticias/detalhe-da-noticia/2019/4/acoes-regressivas-gestao-de-riscos-e-impacto-dos-acidentes-de-trabalho-foram-temas-de-debate>. Acesso em: 02 de fevereiro de 2020.

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