Na terça-feira, dia 3 de março, o Núcleo de Apoio Psicopedagógico e a Pastoral Universitária da FAHOR organizaram uma Roda de Conversa com mulheres, para que compartilhassem com estudantes suas experiências no mundo do trabalho e o momento teve participação também das integrantes da Sociedade das Mulheres Engenheiras - Núcleo FAHOR.

A nutricionista e empresária Taís Fontoura Pinheiro abriu a roda de conversa trazendo sua experiência recente no empreendedorismo, destacando algumas dificuldades e o que foi importante para que decidisse trocar uma carreira de 16 anos como nutricionista para investir no setor de moda e motivando as jovens estudantes das engenharias, da economia e da gestão para que refletissem sobre seus sonhos e projetos de vida, fazendo–as pensar no empreendedorismo como uma importante opção de carreira profissional, nas áreas em que se preparam.

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A engenheira Química, especialista em Solda e Líder de Competência de Soldagem da John Deere- Unidade Horizontina, Karine Zaccari, trouxe os desafios enfrentados pelas mulheres quando trabalham em setores em que predominam colegas homens e como mostrar a capacidade feminina perante as situações de preconceito. “Eu sonho com o dia em que não precisaremos mais lutar por nosso espaço, que não precisemos criar grupos de enfrentamento desse preconceito e que possamos realmente ter um dia para só recebermos flores, pois até agora os dias são todos de luta contra o preconceito e desrespeito”, comentou num dos momentos de sua fala.

Karine destacou que é preciso muito autoconfiança por parte das mulheres para serem ouvidas e respeitadas no mundo profissional e que por muitas vezes precisou demonstrar que realmente conhecia o ramo de atuação. “Ninguém se destaca sem esforço, sem muito estudo e responsabilidade. Não é o fato de ser homem ou mulher que te coloca em situação de liderança, mas sim como você se prepara, busca e enfrenta as situações desafiadoras no dia a dia”. 

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Na sequência, a engenheira de produção, egressa da FAHOR, Jaíne Rieth e a estudante Tainara Weiss, apresentaram as ações e objetivos do Núcleo SWE FAHOR, que tem o objetivo de apoiar e incentivar a presença das meninas em áreas da ciência, como matemática e engenharia.

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O consenso global emergente é de que, apesar de alguns progressos, as mudanças reais têm sido lentas para a maioria das mulheres e meninas em todo o mundo. Hoje, nenhum país pode afirmar ter alcançado a igualdade de gênero, pois vários obstáculos permanecem inalterados na lei e na cultura. Por esse motivo, o tema do Dia Internacional da Mulher proposto pela ONU é: “Eu sou a Geração Igualdade: concretizar os direitos das mulheres”.

Esse tema foi escolhido porque ainda mulheres e meninas continuam subvalorizadas; elas trabalham mais e ganham menos e têm menos opções; e experimentam múltiplas formas de violência em casa e em lugares públicos. O ano de 2020 representa uma oportunidade imperdível de mobilizar ações globais para alcançar a igualdade de gênero e os direitos humanos para todas as mulheres e meninas.

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