Quem está no jogo, se movimentando o tempo todo tem mais potencial para acertar as melhores jogadas (ou surfar a melhor onda). O consultor, palestrante e escritor brasileiro Alberto Roitman estuda o assunto e tem boas publicações a respeito de como utilizar o BANI a seu favor, começando por esquecer os modelos pré-concebidos como “receita de bolo” para crescer na carreira, fazer sucesso, ou se dar bem na vida.
Ficou muito claro que o mundo e tudo o que há nele é frágil. Vírus, ataque hacker, incêndio numa estação elétrica, avião batendo numa torre, ataque terrorista, dentre outros mostram que não há segurança alguma na forma como vivemos e que tudo pode mudar de uma hora para outra. Portanto, ter mais de um plano para nossa vida é questão de sobrevivência. Se perder o emprego, ou a empresa, ou o casamento, ou a casa, ou o carro, se ficar doente, ou tantas outras perdas, quais são seus planos? É preciso estar consciente de que não há mais garantias e tudo pode mudar em segundos.
Precisamos tomar decisões, muito mais rápido! Não deveríamos admitir mais aquela frase recorrente e que atrasa tudo na vida: “Vamos dar uma pensada nisso”. Falta alguma variável para decidir agora? Vamos decidir com o que se tem, afinal, muita coisa pode mudar e o tempo joga contra, pois a vida é assim. Não dá para esperar para tomar grandes decisões, pois se errar é preciso ser rápido na correção e na repetição da operação ajustada.
Precisamos aprender a abrir várias janelas ao mesmo tempo e nos manter atentos ao ambiente. Não é possível atuar de maneira estruturada em um mundo desestruturado. É importante começar vários projetos ao mesmo tempo e ao longo do caminho, desistir de alguns, parar outros, incluir outros, como uma metamorfose ambulante. Efetividade precisa ser mais forte que a lógica da governança.
Tentamos encontrar lógica em tudo, mas a certeza é possível sobre um número cada vez menor de assuntos. Ao mesmo tempo é difícil explicar os porquês diante de tantas variáveis incontroláveis e o risco passa a estar presente em todas as decisões. É preciso que todos na família e nas organizações saibam assumir que tomaremos decisões com margens de erro cada vez maiores.
Quem na sua família e quantos na sua organização estão prontos para o mundo BANI? O cliente não é propriedade da empresa, nem dos gerentes, pois ele é e sempre foi dele mesmo e é ele quem vem ditando um grande número de mudanças principalmente por aderir a algumas e não aderir a outras propostas que surgem. Vivemos na verdade uma revolução de comportamentos, que impulsiona uma revolução tecnológica. Como melhor reagir a cada uma é o novo segredo do sucesso".
Escrito por Marcelo Blume.