O início do semestre letivo na FAHOR é uma grande oportunidade para a comunidade acadêmica manter a proximidade com o mundo do trabalho, como é uma das principais características da instituição. Neste 1º semestre de 2021, com o título “The Great Reset” Martin Mundstock palestrou para estudantes, professores, mentores e parceiros, sobre o que pode ser compreendido como o grande recomeço, reajuste, renovação, a partir das perspectivas da vida pós-pandemia.
Martin Mundstock é empresário do agronegócio, conselheiro e consultor de diversas empresas e instituidor da Fundação Capacitar. Ele citou a obra de René Descartes, fazendo uma reflexão sobre mudanças, como se cada um fosse mudar de casa. “Quando fazemos a mudança de casa, por exemplo, temos a expectativa de que alguns cômodos funcionem melhor, sendo diferentes. Assim é na Faculdade e na vida. Para reformar alguns cômodos, você precisa derrubar aquilo que não serve mais e reconstruir novos espaços, novas atitudes”, explicou Martin.
E como se deve desenhar o mundo pós-pandemia? Martin trouxe as referências do Fórum Econômico Mundial, sobre a cooperação global, já existente entre as metas da ONU de 2017, nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, que a FAHOR incorporou em suas atividades. Além disso, o palestrante convidou o público a refletir se os regimes políticos existentes são adequados para o mundo altamente conectado e interligado que se vive hoje. E, destacou que a COVID-19 traz a constatação de que vivemos no mundo e não mais num país.
O que faz parte do novo mundo? Para o consultor Mundstock, “os novos sistemas de produção (de qualquer produto) deverão ter uma visão sistêmica considerando o uso de recursos para produzi-los, seu destino pós-uso e seu valor para a sociedade. Novos campos da ciência exigem interdisciplinaridade, com novas tecnologias”, disse.
Dessa forma, destacou a amplitude da formação profissional, mostrando a evolução do aprendizado e das demandas profissionais, que evoluíram de uma formação específica, para uma formação que envolve múltiplos conhecimentos e habilidades.
“E por todas essas mudanças não é mais aceito voltar ao estado anterior e sim, trazer novas soluções e novas respostas. A pandemia deve ser a mola propulsora das mudanças”, afirmou Mundstock. E, para encerrar reforçou que cada estudante tem um papel importante para essas mudanças, já que estão num lugar seleto no Brasil, ou seja, com acesso ao ensino superior de qualidade. “Por isso, precisam assumir o compromisso de modificar e melhorar o mundo. Definam como querem sua nova casa, não tenham medo de assumir características que vocês não tinham na casa anterior. Tenham atitudes novas, com uma postura profissional. E, reforço que vocês estão no lugar certo para realizar essas mudanças”, encerrou Martin.