A atuação do economista em perícia econômico-financeira foi abordada por Simone Magalhães, em oficina ministrada aos acadêmicos da FAHOR na primeira noite de programação da 4ª SIEF – Semana Internacional de Engenharia e Economia FAHOR.
Perita Judicial e Extra-Judicial, Simone falou sobre as implicações e relações de crimes como trabalho dos economistas, visto que a maioria deles, no final, necessitará intervenção deste profissional. A economista explicou que os indivíduos praticam crimes como um ato racional, se tornam assaltantes e criminosos porque os benefícios de tal atividade são compensadores, quando comparados, por exemplo, com outras atividades legais. "Por isso, crime vem sendo estudado pelos economistas como parte do comportamento humano motivado principalmente pelo rápido crescimento do número de crimes e da violência e pela insatisfação com as explicações tradicionais da participação dos indivíduos em atividades criminosas e ilegais. Os crimes implicam em significativos custos em termos sociais e as principais contribuições da aná lise econômica do crime dizem respeito à relação delito-punição como determinante da magnitude da taxa criminal", enfatizou. Magalhães citou exemplos como os processos judiciais indenizatórios, que exigem a avaliação e a perícia do economista independente das partes envolvidas.
A Coordenadora do curso de Ciências Econômicas da FAHOR, Jaqueline Primo Nogueira de Sá, destacou que esta é uma das áreas em que o economista pode atuar, cuja demanda é altíssima e faltam profissionais para desenvolver esta atividade. A professora disse que a faculdade está organizando um curso de extensão sobre o tema para ser desenvolvido no início de 2015, indo ao encontro desta necessidade, contribuindo com a qualificação dos acadêmicos e sua inserção no mercado de trabalho.