Aos 15 anos iniciei minha vida profissional como aprendiz na querida John Deere em HZ - na qual tenho muito orgulho de ter trabalhado lá - através do curso do SENAI, seguido do Técnico em Mecânica no CFJL e posteriormente começando meus estudos na FAHOR. Fui a 3° turma me formando em 2008. Colecionei vários exames ao longo do caminho, mas graças a muito esforço e estudo, nunca reprovei em uma matéria sequer e me formei em 5 anos. Em 2008 realizei meu primeiro intercâmbio indo morar na cidade de Vancouver no Canadá onde por quatro meses estudei inglês praticamente do “zero". Baita viagem na qual conheci a cultura canadense e fiz meus primeiros amigos internacionais ao redor do mundo. Voltei ao Brasil e em 2009 assumi o cargo de Instrutor Técnico no SENAI na cidade de Gravataí/RS para os alunos do Tec. em Mecatrônica e o Tec. em Mecânica no turno da noite. Descobri que dar aula foi uma paixão e fiz isso com muito prazer por 6 anos. Durante o dia, eu trabalhava como Engenheiro Mecânico, sendo o responsável técnico em 2 metalúrgicas na cidade de Cachoeirinha/RS, desenvolvendo projetos e dimensionamento de estruturas metálicas, cuidando também da parte da produção industrial e mantendo contato direto com os clientes. Durante minhas férias em janeiro de 2013 realizei meu segundo intercâmbio. Fui para Montevidéu no Uruguai para estudar espanhol. 

Veio a crise política com o Impeachment da Dilma em 2016. Em um ano perdi meus 3 empregos. Em abril de 2016 eu estava desempregado. Casei em maio de 2016 e passamos quase um mês de Lua de Mel no México. Muito pouco tempo depois, já em setembro de 2016, após muita papelada, já estávamos pousando na cidade de Perth na Austrália. Iniciava ali meu terceiro intercâmbio. Iniciei meu curso de inglês no nível Lower Intermediate e dessa vez meu visto me permitia também trabalhar mas não tínhamos contatos e nem promessa de emprego. Após 2 meses, cruzamos o país e começamos um novo desafio na maior cidade do país, Sydney. Após algum tempo consegui emprego em uma grande metalúrgica como Process Worker. Terminou o meu visto depois de 1 ano e voltei para Porto Alegre, onde eu morava com minha esposa. O salário mínimo na Austrália era na época o mais alto do mundo (só que praticamente todos ganham acima do salário mínimo, inclusive eu estava) o que me permitiu conhecer inúmeras cidades e capitais pelo país além de tirar férias para a Tailândia.

Em 2019, minha esposa, eu e agora também com o nosso bebê de 1 ano, decidimos retornar para Sydney. Iniciava aqui o meu quarto intercâmbio e por coincidência, também era o quarto intercâmbio da minha esposa. Agora com um pouco mais de experiência e sorte, descansei do Jet lag no primeiro dia que cheguei, enviei meu CV no segundo, no terceiro me ligaram e no quarto dia iniciei no meu novo emprego em uma metalúrgica Na mesma semana fui fazer outra entrevista de emprego, mas preferi ficar na primeira. Estou estudando Gerenciamento de projetos uma vez por semana e meu próximo objetivo é conseguir o visto permanente (PR), o que significa ter todos os diretos de um nativo, exceto é claro, o passaporte australiano e o direito ao voto. Caso queira esses últimos 2, terá que ter no mínimo 4 anos de PR para então aplicar para a cidadania.

Espero ter contribuído um pouco com a proposta da FAHOR e com isso estimular as ideias desses novos acadêmicos de se aventurarem pelo mundo e se por acaso eu tiver inspirado alguém, não deixe de me avisar no futuro, ficarei muito feliz por isso. Grande abraço e boa sorte.

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